segunda-feira, 27 de outubro de 2014



CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS






No dia 18 de outubro foi com grande alegria que recebemos em nosso Centro Cultural, na Usina, a visita do acreano, contador de histórias e mediador de leituras, Francisco Gregório Filho, formado em Artes Cênicas, dramaturgo, professor, e com uma vasta experiência em rádio, música e teatro. Gregório foi funcionário da Biblioteca Nacional, hoje é aposentado, porém não parou sua vida, e tem projetos culturais na área da leitura e escrita em andamento, além de promover ações de leituras e oficinas de formação de contadores de histórias por todo o Brasil. Ele valoriza, e usa, em suas apresentações, contos e lendas populares, como uma forma de manter viva a memória de um país muitas vezes esquecido. Ele usa suas técnicas e sentimentos para dar vida a suas histórias.
Numa tarde ensolarada de sábado, crianças e adultos viajaram no sonho das histórias contadas por esse Mestre, encantador de palavras e pessoas. Com uma energia invejável, Gregório iniciou sua apresentação com um canto, que segundo ele é de chamada: “Urarará quanto mais eu canto arara, mais arara é bonitinha...” e como um maestro regeu a plateia que respondeu ao canto maravilhosamente. Foram muitas histórias contadas, destacamos algumas como a história de um de seus livros Dona Baratinha, história preferida de sua infância quando seus avós contavam para ele e seus irmãos, e que ele sempre pedia para repetir.
Para encerrar sua apresentação Gregório contou a história do menino que fazia suas próprias pipas, e após a perda de sua avó recebeu como lembrança muitos tecidos e, sem saber o que fazer, resolveu usá-los na fabricação de pipas de tecidos. Foi apresentada para a plateia sua primeira pipa emoldurada e guardada com muito carinho, que ele mesmo fez. Lembrando-se de sua infância, emocionou a todos. E essa história emocionante de sentimento e sensibilidade, você pode encontrar no livro Difícil passagem.


 Em agradecimento por sua presença mais que especial em nosso Santuário, demos uma lembrança, retalhos que o grupo Costurando Cidadania doaram e servirão de matéria prima para a construção de novas pipas que irão gerar novos sonhos e imaginação. Desenhos feitos pelas crianças da catequese, um Pinóquio de madeira  e um pegador de panelas, e um pano de prato para que ele possa usar em seus pratos culinários.

Foi só um pedacinho de nossa comunidade para que ele guarde em seu coração nosso imenso amor pela sua pessoa. Pelas suas histórias de vida e de experiências.

Esperamos ansiosamente que ele possa voltar mais vezes para que possamos viajar junto com ele em suas histórias.

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