Camilo de Léllis nasceu em 25 de maio de 1550, no
vilarejo de Bucchianico, região de Chieti, ao sul da Itália. Seu nascimento
lembrou o de São João Batista, pois seus pais já tinham passado da idade de ter
filhos. Sua mãe, Camila Compelli, com efeito, tinha quase sessenta anos. Seu
pai, João de Lellis, era militar e passava pouco tempo em casa. O parto foi
difícil, mas Camilo nasceu saudável e foi a grande alegria de seus pais. Neste
dia nos alegramos com toda a Ordem dos Ministros dos Enfermos que celebra o
nascimento para o mundo de seu Pai espiritual.
sexta-feira, 25 de maio de 2018
terça-feira, 22 de maio de 2018
Hino a Sao Camilo de Lellis
Hino a São Camilo de Lellis
Interpretação: Pe. Fábio Pinto
Homem
de mãos quentes, de força eminente, e grande coração.
Pensando sempre em sua
mente os que não sentem o amor de Deus.
Amigo dos que estão sós, dos que não
tem carinho e amor.
Servo dos que padecem, enfermos que sentem a cruz da dor.
Camilo, amigo irmão guia meus passos.
Camilo, amigo irmão, guia meus passos.
Como Deus te guiou. Como Deus te guiou.
Em teus
irmãos, os pobres, tu viste as flores do jardim de Deus.
Não foste mais feliz
em tua vida, que nos hospitais a vinha do Senhor.
Ó grande Camilo minh’alma,
com força reclama, servir ao Senhor.
Quero com Cristo lançar-me mostrar ao meu
povo um mundo melhor.
Maria Domingas Barbantini
Dia 22 de maio - Celebramos A Beata Maria Domingas Barbantini
Fundadora das Irmãs Ministras dos Enfermos de São Camilo.
Maria Domingas nasceu em Lucca, a 17 de fevereiro de 1789, segunda filha
entre irmãos. Seu pai Pedro Brun, era de origem suíça, e sua mãe, Joana
Granucci, era natural de Lucca.
Na idade de seis anos, ela viveu uma
experiência mística de singular importância: a visão do sangue de
Jesus que jorra do cálice durante a Consagração. Este acontecimento se
constituiu um sinal profético para a sua futura missão ao lado dos doentes e
sofredores.
Aos 12 anos, a morte do pai e de três
irmãos menores deixou profundas marcas na adolescência de Maria Domingas. A
partir de então, cresceu sob a orientação afetuosa e inteligente da mãe, que
soube imprimir na filha as mais belas virtudes católicas, contribuiu de modo
particular para formar nela um coração aberto e sensível aos infelizes,
tornando-se um exemplo de resignação e santidade diante das adversidades com
que se deparou durante a vida.
Ao alcançar a juventude, destacou-se como
uma mulher brilhante, generosa e cheia de zelo cristão. Foi nesta época que
conheceu o jovem Salvador Barbantini, que a pediu em casamento após nutrirem
grande amor um pelo outro.
Casaram-se no dia 22 de abril de 1811 na
Catedral de São Martino, de Lucca. No seu sexto mês de casamento, a morte
súbita do seu esposo foi uma ocasião em que, golpeada, aceitou os desígnios da
Providência Divina, exprimindo a sua dor a Jesus crucificado, sob a promessa de
que intensificaria sua vida cristã e que não contrairia novo matrimônio: "Tu,
serás único, meu Cristo Crucificado, serás o meu bem, doravante meu único e
verdadeiro amor, a minha única delícia".
Viúva e à espera de uma criança, Maria
Domingas foi novamente atingida pela dor e pela angústia quando seu filhinho,
Lourenço, morreu aos oito anos. Apesar disso, jamais se vislumbrou nela
qualquer resquício de revolta. Pelo contrário: intensificou os propósitos
firmados pela ocasião da morte do marido e entregou-se total e
incondicionalmente ao serviço dos pobres, doentes e infelizes. A sua
maternidade desenvolveu-se numa maternidade mais profunda, santa e universal.
Os pobres enfermos abandonados de sua
cidade tornam-se objeto de seu prometido amor. De noite e de dia, sob o sol
escaldante ou na chuva, ela não consagrava somente sua ternura aos que sofriam,
mas exprimia também diversas atitudes concretas de misericórdia, sempre
absolutamente unida e guiada pela Santa Igreja de Cristo, que amava com uma
afeição filial, servindo-a com ardor extremo.
Dotada de qualidades específicas,
participava em Lucca das atividades do Mosteiro de Santa Maria da Visitação,
destinado à educação dos jovens. Era incumbida de organizar a catequese e sua
dedicação permitiu que viesse a fundar um instituto para as crianças abandonadas.
Por tamanha dedicação e destaque, foi-lhe confiada a responsabilidade de
reforçar e também reformar diversas atividades apostólicas e educativas.
O que efetivamente marcou sua vida foi a
fundação do Instituto Religioso das Irmãs Ministras dos Enfermos. Tal projeto
teve início no ano de 1829 quando, reunindo em torno de si algumas jovens
donzelas pobres, em sua maioria de saúde frágil, realizou prodígios de caridade
à cabeceira dos pobres moribundos e abandonados, vocação maternal que atraiu uma
grande quantidade de outras jovens àquela obra de apostolado.
A obra atravessou décadas com diversas
moças aplicadas e dedicadas ao apostolado santo das regras escritas pela
Fundadora. Finalmente, no dia 5 de agosto de 1841, o arcebispo da cidade de
Lucca, D. Domenico Stefanelli, tendo testemunhado a caridade da Fundadora e de
suas filhas, aprovou a Regra escrita por Maria Domingas e erigiu a comunidade
em Instituto Religioso Diocesano.
Mulher de fé, sempre empenhada no
cumprimento e realização concreta da vontade de Deus, Maria Domingas impôs-se
na História. Sempre ensinou às suas filhas espirituais a progredirem próximas
dos sofredores, em especial dos enfermos, tratando da doença, valorizando o
sofrimento, anunciando o rosto bondoso de Deus, no espírito do paternal e
caridoso São Camilo de Lellis, que foi perfeito modelo de santidade e de
serviço ao próximo, base da inspiração para a fundação desta congregação
Camiliana, presente e atuante em diversas partes do mundo.
Maria Domingas experimentou todos os
estados de vida que uma mulher pode atravessar: esposa, mãe, viúva, fundadora e
religiosa da sua congregação.
A Beata entregou sua alma a Deus no dia 22
de maio de 1868. Por ter vivido de maneira heroica e tendo suas virtudes de fé,
esperança e caridade reconhecidas pela Igreja, o Papa João Paulo II a
beatificou no dia 17 de maio de 1995.
"Ó Bem-Aventurada Maria Domingas, que foste esposa, mãe, viúva e religiosa, nós recorremos a ti. Tu que és consoladora dos aflitos, mãe dos enfermos, roga pelos doentes e por todos os que sofrem. Tu que experimentaste alegrias, dores e perdas em teu próprio lar e, como Maria das Dores, te mantiveste firme, entendendo o amor nas entrelinhas da dor, roga por nossas famílias. Sê nossa mediadora junto à Santíssima Trindade, concedendo-nos a graça que necessitamos […] Ajuda-nos a acolher na fé o que não conseguimos compreender. Dá-nos cultivar o espírito de entrega e de confiança Naquele que tudo pode. Amém. Bem-Aventurada Maria Domingas, rogai por nós"
segunda-feira, 21 de maio de 2018
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Novena na companhia do Mártires da Caridade (Camilianos) 2018
Oração inicial:
Ó Deus, nosso Pai, nós te louvamos pela paixão, pela morte e ressurreição de Teu Filho Jesus, o mártir por excelência, do qual vem nossa salvação. Tu quiseste compartilhar o martírio Dele com nossos irmãos que dedicaram a vida no altar da caridade. Por amor a Ti e por fidelidade à sua consagração, dedicaram a própria vida até o último sopro, servindo as vítimas da peste e os marginalizados, testemunhando assim que ninguém tem maior amor do que os que dão sua vida por seus amigos. Pai misericordioso, nós Te pedimos, pela intercessão de São Camilo e pelo exemplo desses homens de caridade, que se reforce em nós o desejo de servir sempre, com amor, Cristo, Teu Filho, nos nossos irmãos e irmãs doentes, desesperados e vítimas de desastres de qualquer natureza. Santa Maria, amada por todos e venerada como Nossa Senhora da Saúde, escuta a nossa prece e intercede por nós Junto a Teu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina nos séculos dos séculos. Amém.
Primeiro dia
Oração inicial
Irmão Annibale (Aníbal) MONTAGNOLI
A
pedido do Papa Clemente VIII, em 2 de junho de 1595, fez parte do grupo de oito
camilianos que participou de uma expedição militar contra os turcos, na Hungria
(Esztergom), para
socorrer os doentes e os feridos. No mesmo mês, o grupo partiu de Trento. Ali
foi aconselhado pelo Pe. Camillo – que também queria partir – com precisas
instruções e recomendações, inclusive por escrito. Todos cumpriram suas tarefas
de modo louvável.
Ir.
Annibale, esgotado pelo esforço prestado na assistência aos militares
contaminados e feridos, principalmente durante a batalha de Esztergom, morreu,
felizmente, sobre uma carroça, nos braços de um religioso agostiniano, nos
arredores do Palácio Real da Hungria, às margens do Danúbio, em 4 de outubro de
1595.
Meditação
Eu
vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a oferecerdes vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso verdadeiro culto. Não
vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de
pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a
saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito. (Rm 12, 1-2).
Graças a Vós, ó Sumo Deus, porque nos
fazeis reconhecer-Vos nestes Vossos Servos, que doaram sua vida para Vos servir
entre os pobres, mesmo com risco de vida, apenas tendo como justificativa a
santa caridade
(Cardeal Ginnasi, 1630).
Pai Nosso – Ave Maria – Glória
Segundo dia
Oração inicial
Irmão Olimpio NOFRI
Em
1630, a peste negra assediava muitas cidades na Itália. O escritor italiano
Manzoni nos fala dos horrores da peste em Milão, onde faleceu uma boa parte dos
sessenta “Ministros dos Enfermos” que ali moravam.
Em
Milão, morreram em tal circunstância, 17 dos Filhos de Camilo. Entre eles
estava o caro Irmão Olimpio Nofri, tão querido pelo Fundador, que disse: “ótimo
no servir os pobres”. O heroico Irmão, após ter oferecido suas forças na
assistência às vítimas da peste, percebendo que ele mesmo estava contaminado,
não aceitou os cuidados dos coirmãos para que eles pudessem continuar a servir
os outros, arrastou-se até o cemitério, fora de Porta Ludovica, tão logo
recebeu os sacramentos e, moribundo, aguardou a morte.
Meditação
Em
verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre,
fica só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a;
mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida
eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também
aquele que me serve. (Jo 12, 24-26)
Oração
Jesus,
ajuda-nos a seguir-Te não só com nobres pensamentos, mas a percorrer Tua vida
com o coração e com os passos concretos de nossa vida cotidiana. Jesus, faz-nos
fortes e corajosos, vivendo como o grão de trigo. Faz com que caminhemos com
humildade pelo caminho da cruz, sempre fiéis a ti. Livra-nos dos medos da
ridicularização alheia e de doar nossa vida, assim como fizeste. Senhor, dá-nos
a capacidade de discernir o bem do mal. Ajuda-nos a desmascarar as tentações
que prometem felicidade, cujas consequências são apenas vazio e desilusão.
Pai Nosso – Ave Maria – Glória
Terceiro dia
Oração inicial
Padre Pietro (Pedro) PELLICCIONI
Nasceu
em 1579 em uma família estruturada, foi acolhido pela Ordem e por Camilo em 25
de dezembro de 1595 e em 8 de janeiro de 1598 professou seus votos. Estudou no
Colégio da Companhia de Jesus de Brera, em Milão. Depois da profissão, Camilo
incentivou-o a aprofundar os estudos teológicos no Colégio Romano. Trazia
notável bagagem cultural além de ser comunicativo e de ter habilidade para
escrever. Era sociável, espontâneo, dinâmico, inclusive no ministério, muito apreciado
pelo Fundador.
Após
o VII Capítulo Geral, foi designado para trabalhar em Gênova, assistindo os
soldados espanhóis no isolamento marítimo no largo de Savona. Faltava tudo aos
soldados em quarentena devido à contaminação de tifo naval, doença contagiosa,
nociva como a peste. Dedicou-se integralmente aos doentes, assim como outros
camilianos, que ele animava exemplarmente com atitudes e palavras. Porém, em
pouco tempo, foi contagiado e transferido para Gênova, vindo a falecer em 22 de
agosto de 1625, aos 46 anos de idade.
Meditação
Somos o fermento
de Cristo, crescido no sol de Deus
misturados na água da fonte, marcados pelo carisma divino.
misturados na água da fonte, marcados pelo carisma divino.
Transforma-nos
em pão, ó Pai, pelo sacramento da paz:
um só Pão, um só Espírito, um só Corpo, a Igreja una, santa, ó Senhor.
um só Pão, um só Espírito, um só Corpo, a Igreja una, santa, ó Senhor.
Chama-nos para
aliviar a dor na escola do pai Camilo
unamos as mãos
ao coração ministros do Filho que sofre.
Ó Cristo, nosso
pastor, para Ti a potência e a honra com
o Pai e o Espírito Santo nos séculos dos séculos.
Amém.
Pai Nosso – Ave Maria – Glória
Quarto dia
Oração inicial
Padre Francesco
(Francisco) AMADIO
Nasceu
em uma família estruturada, entrou para a Ordem em 22 de abril de 1590,
professou em 5 de março de 1592 e foi ordenado sacerdote em 1594. Dirigiu
várias casas, além de ter sido fundador e superior da casa de Mântua, no norte
da Itália. Sempre se portou com modéstia, iniciativa, prudência e caridade.
Participou ativamente da vida da Ordem e foi indicado por Camilo entre três
nomes que poderiam suceder Pe. Oppertis como Geral.
Morreu
em Mântua, em fama de santidade, no dia 26 de julho de 1629, quando ainda era
superior e provincial de Bolonha.
Meditação
Nos momentos de tristeza, no sofrimento da
doença, na angústia da perseguição e na dor do luto, cada um procura uma
palavra de consolo. Sentimos intensamente a necessidade de alguém que se
aproxime de nós e sinta compaixão por nós. Experimentamos o que significa estar
desorientados, confusos, feridos profundamente, como jamais poderíamos imaginar. Olhamos a nosso
redor, incertos, para ver se encontramos alguém que possa realmente entender a
nossa dor. A mente se preenche de perguntas, mas as respostas não chegam.
Apenas a razão não é capaz de iluminar o íntimo, de colher a dor que sentimos e
dar a resposta que esperamos. Nesses momentos, necessitamos muito mais das razões
do coração, as únicas capazes de nos fazerem compreender o mistério que envolve
nossa solidão (Papa Francisco, 5 de maio de 2016).
Pai Nosso – Ave Maria – Glória
Quinto dia
Oração inicial
Padre Giovanni (João) COQUEREL
Natural
de Artois, na França, entrou para a Ordem aos 26 anos e já tinha trabalhado em
hospital. Professou em Florença em 16 de outubro de 1602. Foi superior de
várias comunidades e da comunidade de Mântua, com aproximadamente vinte
religiosos. Foi provincial de Bolonha, em 1629, depois da morte de Pe. Amadio.
Empenhou-se
pessoalmente na assistência aos doentes, suprindo as mais diversas
necessidades. Afinal, “médicos e barbeiros estavam quase todos mortos, e os
poucos que restavam não queriam atender os doentes; o pior era que os raros
padres presentes fugiam dos pobres moribundos, sem dar-lhes os sacramentos.
Muitos doentes morriam sem confissão e comunhão” (Capilupi, 541). Imerso na incessante dedicação, contagiou-se e
faleceu “de peste negra”, em 6 de abril de 1630.
Meditação
Através do ministério da misericórdia para
com os enfermos, professado com voto, contribuímos para o bem e a promoção de
toda a família humana - cujas alegrias, esperanças, lutas e angústias encontram
eco em nosso coração - e cooperamos na edificação e o crescimento de todo o
Corpo de Cristo. Por isso, seguindo o exemplo do Santo Padre Camilo, nos
esforçamos em estimar sempre mais, amar de todo coração e praticar com todas as
forças o serviço aos enfermos, também com risco de nossa vida (Constituição,
12).
Pai Nosso – Ave Maria – Glória
Sexto dia
Oração inicial
Padre Giovanni Battista (João Batista) MARAPODIO
Em
1606, por volta dos dezesseis anos, entrou para a Ordem, sendo acolhido por
Camilo em Messina, na Sicília. Professou em 1608, no dia de Natal. Destacou-se
pelo exercício de nosso ministério, que cumpriu “com amor visceral” (Regi) [i] a
exemplo do Fundador, que sempre se esforçava em seguir.
Suas
grandes virtudes: prudência, caridade e obediência às Regras foram apreciadas
pelos superiores e pelo povo em Borgonovo Valtidone (Piacenza), onde foi
superior da casa de cinco religiosos, quando a peste surgiu em 1630, muito
provavelmente trazida pelos mercadores de Gênova e Milão, regiões que forneciam
e distribuíam alimentos.
Pe.
Marapodio, desde o início da epidemia, após uma fervorosa exortação aos
coirmãos, dedicou-se integralmente ao ministério, servindo de exemplo para
todos, ansioso por atender cada enfermo e por administrar
os sacramentos a tempo. Chegava até os campos e vilarejos mais longínquos, lá
onde não havia quem levasse socorro. Assim foi juntamente aos coirmãos, com os
quais dividia o trabalho. Todas as noites organizava o trabalho do dia
seguinte. Durante o período de maior contaminação, devido ao fato de os membros
do Clero diocesano terem morrido ou estarem doentes ou terem fugido, Pe. Marapodio
percorria toda a região de sobrepeliz e estola, munido de óleo para unção e da
Eucaristia; de casa em casa, estabelecia regras, como, por exemplo, enterrar os
mortos e desinfetar casas e construções, providenciando as necessidades básicas
mais urgentes.
Após
sua doença, continuou sua missão com extremo sacrifício, visitando as pessoas
na cidade. Um dia ao regressar a casa, comungou, talvez acreditando que os
outros dois coirmãos tivessem morrido, ajoelhou-se, aos pés do altar para
rezar. Quando o Pe. Pinola entrou na casa com um coirmão, encontrou-o morto,
curvado sobre si mesmo, no dia 10 de setembro de 1630, com apenas quarenta
anos. Foi enterrado na igreja da Imaculada Conceição.
Logo
que a notícia de sua morte se espalhou, houve grande comoção entre a população
pela perda de um homem tão amoroso e zeloso. Os habitantes não esqueceram sua
dedicação, e, assim que a epidemia foi controlada, os raros sobreviventes
quiseram imortalizar sua memória com uma pintura.
Meditação
O importante
não é o que se dá, mas o amor com que se dá (Madre Teresa).
Pai Nosso – Ave Maria – Glória
Sétimo dia
Oração inicial
Irmão Giacomo (Jaques) GIACOPETTI
Nasceu
em Macerata, município italiano da região de Marche, em 25 de novembro de 1591,
vindo para Roma por motivo de estudo, por volta de 1608. Frequentou por alguns
anos o hospital Santo Spirito para
aperfeiçoar-se em medicina e cirurgia. Ali conheceu Camilo, sua obra e outros
religiosos, pelos quais se sentiu atraído. Pediu então para entrar na Ordem e
obteve permissão em 1612. Foi enviado a Nápoles para o noviciado e, após a
profissão, foi convocado novamente em Roma, no dia 30 de março de 1614. Tinha
pelo Fundador grande veneração e via nele um modelo, por isso, o acompanhou
durante os últimos meses de vida e na agonia. Seu lugar predileto para
trabalhar era o hospital de Pammatone, em
Gênova. Foi escolhido chefe dos enfermeiros e diretor geral, com a colaboração
de outros coirmãos, “dirigia tudo, cuidava de tudo, providenciava tudo; ora
aqui ora ali era visto sempre ocupado, a consolar os aflitos com doces
palavras, a encorajar os temerosos com bem-aventuradas esperanças de fé,
incentivando todos a ter paciência.
Para
todos era como uma doce mãe próxima a seu filho moribundo, a qual doa todos os
afetos de seu coração, as forças da alma para sempre encontrar alguma forma de
amenizar as dores. E fazia tudo isso com
generosidade, prontidão, espontaneidade, bom humor e com um bom coração.
Por isso, todos
retribuíam o amor e aceitavam com prazer os conselhos, os avisos, as
advertências pelo bem das almas dos fiéis. O número de conversões obtidas foi
grande com suas animadas exortações... e quase sempre obtinha êxito com tais
propostas”.
Dispensou
largamente suas energias às vítimas da peste, entre 1656 e meados de 1657, até
que, em 10 de julho daquele ano, também ele foi vítima da peste. Em 14 de
julho, dia do aniversário da morte do Fundador, foi transferido de seu quarto
para a enfermaria, vindo a falecer aos 65 anos, como ele mesmo havia previsto.
Meditação
Suplicamos,
Deus Pai, fonte de toda caridade, por intercessão de nosso santo Padre Camilo
e, com o exemplo de nossos gloriosos mártires da caridade, saibamos viver em
conformidade com nosso carisma:
Deus Todo Poderoso e Eterno,
Pai dos pobres, Consolo dos doentes e Esperança dos moribundos, nós Te glorificamos
pelo dom da vida humana e pela promessa da vida eterna. Sabemos que Tu estás
sempre perto dos aflitos, dos pobres, de todos os fracos e daqueles que sofrem.
Ó Deus de ternura e compaixão, aceita as orações que te oferecemos por nossos
irmãos e irmãs doentes. Aumente neles a fé e a confiança em Ti. Conforta-os com
Tua presença amorosa e, se esta for Tua vontade, devolve-lhes a saúde, dá-lhes
força renovada no corpo e na alma. Ó Deus, fonte de todas as forças, cuida e
protege todos os que cuidam dos doentes e assiste aqueles
que estão morrendo. Dá-lhes um espírito corajoso e bondoso para proporcionar
conforto e alívio. Faz deles um sinal ainda mais radiante de teu amor
transfigurador. (São João Paulo II).
Oitavo dia
Oração inicial
Padre Sebastiano (Sebastião) BIANCHI
Nascido
em uma família nobre, por volta de 1631-1632 estudou na universidade de
Bolonha. Em 28 de junho de 1632, entrou para a Ordem, em Roma. Iniciou o
noviciado em 1º de julho de 1632 e professou em 2 de julho de 1634.
Pertenceu
a várias comunidades, de Monreale a Gênova, de onde foi transferido para Madri,
no final de 1644 permanecendo ali até a morte. Foi várias vezes superior e,
finalmente, provincial da Espanha até 1672, ano de seu falecimento. Enfrentou
um período difícil para a Província devido ao atrito entre italianos e
espanhóis.
Em
13 de setembro de 1672 (o Regi refere dia 15), foi vítima de uma febre
maligna adquirida enquanto trabalhava em um asilo de Madri. Segundo relatos do
coirmão P. Boselli, seu companheiro no ministério, houve grande participação
popular e manifestações de veneração, durante o solene funeral. O conde de
Medellin chegou a “arrancar o dedo mindinho da mão direita”, outro queria seu
chapéu e um terceiro seu rosário.
Meditação
Este é meu mandamento: amai-vos
uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele
que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu
Senhor; mas vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu
Pai. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei,
para dardes fruto e para que vosso fruto permaneça. Assim, tudo que pedirdes ao
Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos
outros (Jo 15, 12-17).
Pai nosso - Ave Maria - Glória
Nono dia
Oração inicial
Pe. Giovanni Battista (João Batista) PASQUALI
Entrou
na Ordem em 1588 e, em 3 de maio de 1592, estava entre os primeiros professos
de Nápoles. Frequentou a escola do Fundador por muitos anos e foi por várias
vezes seu companheiro de viagem. Pe. De Martino a seu respeito testemunhou:
“religioso de muita virtude e caridade, entrou (para o serviço das vítimas da
peste) com tanto fervor e espírito (apesar dos seus 60 anos), que estarrecia
quem o observasse, mostrando-se incansável para a saúde das almas. Muitas
vezes, no auge do verão, aparecia negro como suas roupas devido ao cansaço,
porém tão alegre e brincalhão, que parecia sair de seu próprio corpo. Percorria
as casas para ministrar os Sacramentos e, encontrando todos doentes, depois de
cuidar da alma, cuidava do corpo: refazia as camas, aquecia a casa, cozinhava,
alimentava os enfermos, lavava os pratos, varria a casa, alimentava as crianças
e fazia tudo que os pobres necessitavam, de maneira que todos o chamavam de o
caridoso. Iniciou seu trabalho em 26 de junho e, em 24 de julho, adoeceu com a
peste”.
Durante
três dias, foi medicado em São Paolino (Palermo), em seguida pediu para ser
internado no lazareto comum, onde morreu
em 31 de julho de 1624.
Meditação
Nunca nos acostumamos à
comoção de Jesus quando fala do adeus; encontramos no evangelho de João:
“ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida por seus amigos”. (Jo
15,13). Esse amor, suave e forte, é fonte de contínua surpresa, pois excede
toda medida e todo cálculo. O amor aqui encontra a manifestação de sua
concretude: dar a vida. Não é alguma coisa, um pouco de tempo. A medida do amor
é não ter medida. O amor “tudo suporta”, dito no hino da caridade (1Cor 13); a
única coisa que a caridade não suporta é que lhe sejam colocados freios e
limites. O amor tem em si mesmo o ritmo do crescimento. O amor não é um vago
sentimento, mas um fato perturbador, indomável diante de cada lógica.
Pai nosso - Ave Maria - Glória
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